Há poucos dias: o mais recente milagre reconhecido em Lourdes
Daniela Castelli em sua casa |
A beneficiada pelo 69º milagre de Lourdes canonicamente reconhecido é a italiana Daniela Castelli.
Ela nasceu em 16 janeiro de 1946 na cidade de Bereguardo, Itália, é casada, mãe de família e mora em Pavia, Itália.
Até os 34 anos de idade levou uma vida normal, quando começou a padecer de crises de hipertensão (pressão alta) espontâneas graves.
Em 1982, exames radiológicos e ecografias revelaram a existência de um tumor para-uterino e um útero fibromatóide
Danila foi objeto então de uma histerectomia [ablação (extração) do útero - ] e de uma anexectomia (excisão de anexos uterinos).
Sua situação foi piorando e em novembro de 1982 ela foi objeto de uma ablação parcial do pâncreas.
"Estava desenganada pelos médicos, mas em Lourdes fiquei curada" |
Até 1988, passou por diversas intervenções cirúrgicas com o objetivo de eliminar os focos que provocavam as crises de tensão arterial. Porém, o efeito foi nulo.
Desde 1983, Danila começou a peregrinar todo ano a Lourdes.
A peregrinação de 1989 parecia ser a última. Ela passava muito mal. “Estava desenganada”, conta ela.
Mas, foi nessa romaria em que tudo parecia perdido, quando ela tinha 43 anos e após 9 anos de sofrimentos continuados, que Nossa Senhora lhe concedeu o milagre.
No dia 4 de maio, Danila tomou banho nas piscinas do santuário obedecendo ao pedido de Nossa Senhora transmitido por Santa Bernadette: “a Senhora me disse que eu deveria beber da fonte e lavar-me nela”.
Naquele momento sentiu um bem-estar extraordinário.
D. Giovanni Giudici, bispo de Pavia, decretou o milagre |
Como é de praxe, foi analisada, teve que fornecer os resultados dos exames antes e após a cura extraordinária e responder a todas as perguntas médicas.
O Bureau realizou cinco reuniões (em 1989, 1992, 1994, 1997 e 2010 respectivamente) e acabou constatando a cura inexplicável pela ciência.
Os médicos tiveram ainda que votar o caso e com um voto formal e unânime declararam:
“A Sra. Castelli esta curada de maneira completa e durável, desde sua peregrinação a Lourdes em 1989, do síndrome que ela sofria, e isto sem relação com as intervenções e tratamentos médicos”.
Desde a data do milagre, Danila Castelli retomou uma vida totalmente normal.
O caso de Danila foi então para o Comité Médico Internacional de Lourdes – CMIL (Comité Médical International de Lourdes).
O CMIL é uma espécie de segunda instancia médica que revisa e critica a decisão dos médicos do Escritório de Constatações Médicas de Lourdes, que é uma espécie de primeira instância. Os médicos do CMIL não tem relação com o Escritório de Lourdes e é composto de outras autoridades, que muitas vezes moram no exterior.
Por fim, o CMIL, reunido em Paris, em 19 de novembro 2011, confirmou e certificou:
“que o modo da cura continua sendo inexplicável no atual estágio dos conhecimentos científicos”.
A ciência havia dado sua última palavra. Depois disso, era o momento da Igreja falar, pois o milagre é um fato religioso e só a autoridade diocesana do beneficiado é capaz de se pronunciar a este respeito.
No caso concreto, a responsabilidade recaia no bispo de Pavia, que ainda entregou o caso à análise de uma comissão teológica-médica. O resultado foi a aprovação plena.
Hoje Danila também é voluntária em Lourdes para ajudar os doentes |
Este é a 69ª cura de Lourdes reconhecida milagrosa por um bispo, de forma canônica, quer dizer de acordo com a lei da Igreja, não havendo mais razão para se duvidar dela.
Hoje Danila também é voluntária em Lourdes para ajudar os doentes.
Quem sabe o leitor romeiro em Lourdes passou ao lado dela e não chegou a perceber, de tal maneira o sobrenatural impregna o ambiente do santuário.
Video: o médico fala como foi o milagre
Video: Daniela conta todo sobre o milagre
Acompanhe online o que está acontecendo agora na própria gruta de Lourdes pela Webcam do santuário.
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